Todo mundo fala tanto de saudade
É uma palavra que se sabe em qualquer idade
Só não entendo porque se valoriza tão pouco
E trazem pra perto o amor tão poucas vezes
Mas de amor, amor mesmo, não vou falar
Pois não adianta esses mil conceitos jogados no ar
Se entram em um ouvido, saem pelo outro
Não vale a pena, nem adianta gastar esforço
Essas linhas que escrevo sem objetivo nenhum
Talvez com algumas pessoas, traga algo em comum:
O desejo de saber de onde vêm os estragos
São nossas escolhas erradas?
São as pessoas erradas?
E desde que eu vivo e digo que sou gente
Tento imaginar algo diferente
Eu quero crer que um abraço sempre vai curar tudo
E que um suspiro sempre vai aliviar a tristeza
Tento aqui não ser tão dramático como de costume
Cedo ou tarde, assumi a culpa que me assume
Carrego os pesos como qualquer outro ser humano
E nesse ponto não sou melhor, talvez pior, talvez igual
Eu poderia continuar dizendo o já esperado
Mas não quero te deixar cansado
Seria mais uma culpa, um problema
Desses que a gente vai colecionando
Não disse e nem quero dizer nada diretamente
Mas como uma pessoa inteligente
Já deve ter entendido tudo
Meias palavras são as minhas favoritas
Presta mais atenção nas tuas bolsas
O que tem nelas? Tudo lá é realmente necessário?
Pra onde você tá levando os fardos?
E o que faz de fardo, de fato, é?
Pra onde vai com toda essa tranquilidade?
Vamos nos permitir um pouco de maldade! Insanidade?
Ansiedade? Pouca idade?
Que tal ficar nervoso por um dia?
Vou continuar te mandando notícias
Vou continuar não recebendo respostas
Enderecei essa carta pra muitas pessoas
Você é uma das que mereceu recebê-la
E dessa vez, só dessa vez, não se sinta especial